terça-feira, 29 de junho de 2010

Cap.14 - Pretty on the Outside

Tudo ficou tão... quieto. Era como se todos ao meu redor estivessem em câmera lenta. No começo da rua, Laura estava deitada no chão com Mariana ao seu lado, bradando por qualquer ajuda, em algum momento eu pude jurar que elahavia pedido a ajuda do seu Pai... seu Pai desaparecido. Vitor cambeleava na direção das duas. Gustavo ainda que ferido mantinha -se de pé bem em frente ao lugar onde Baltazar havia caído no seu próprio abismo. Isadora estava à minha frente, os olhos distantes, esperando... esperando por algo que eu não tinha certeza exatamente do que era.
Todos estavam gritando e ainda assim estava tudo tão quieto. Tive a impressão de fechar os olhos por um momento, então me lembrei, algo quente no meu corpo, algo que formigava... aquilo... dor, era tudo o que eu conseguia pronunciar.
- Gustavo... ele não está voltando! - Isadora girou nos calcanhares e gritou na direção de Gustavo.
- Será um milagre se ele sobreviver! Isadora você sabe muito bem... humanos não tem estrutura para suportar a graça de um anjo... ainda que seja apenas um décimo dela!
- Não havia mais nada a fazer, ele estava ferido! Se nosso Pai estivesse aqui...
- Não fale amis em "nosso Pai" ele sumiu, ele nos deixou, abandonou esses mortais à própria sorte! Aliás nem sei o porquê de estar aqui, poderia muito bem ter me juntado à Miguel e evitar tudo isso, nós sabemos como isso irá acabar e ainda assim lutamos tanto.
- Você sabe porquê estamos qui Gustavo, é a coisa certa a se fazer, eles precisam de nós, nós juramos proteger esses mortais. - Isadora ainda tentava argumentar.
- Palavras vazias... Ele nos abandonou e com ele suas promessas!
Isadora girou novamente em minha direção, ainda que inerte dentro de minha mente, eu pude ver o olhar dela, poderia jurar que um pequeno brilho de esperança surgia, um apelo, um apelo para que eu não morresse. Gustavo caminhou em nossa direção, apesar de relutar contra a idéia de estarse juntando aos humanos e aos anjos renegados, ainda asim ele estava ali. Ele também tinha esperança, esperança de que tudo isso acabasse de uma maneira diferente da que foi escrita.
- Dor... - Pude ouvir o som de minha própria voz, um som distante, mas ainda assim um som, eu não havia morrido, eu estava ali.
Os dois arregalaram os olhos ao ouvir minha voz, se aproximaram e sorriram, ainda que espantados, afinal segundo ele eu deveria estar morto.
- Esse garoto... ele não é... - Gustavo não conseguiu terminar a frase.
- Ele não é como os outros humanos... ele é mais forte do que aparenta, nós podemos mudar essa história Gustavo, nóspodemos fazer um final diferente do que foi escrito... - Isadora sorriu e foi como se todo o lugar tivesse se iluminado, até mesmo Gustavo estava começando a acreditar nessa chance.
- Por que vocês relutam tanto em aceitar o seu destino? - Uma voz ecoou do outro lado da rua, perto da delegacia, um homem parou e olhou para nós.
Ainda com dificuldade, pude girar minha cabeça em sua direção... ele era a Guerra. Era alto, o cabelo num corte militar, usava jeans rasgados e uma blusa preta, por cima uma jaqueta do exército bem velha. Ele não mostrava os olhos, usava um óculos escuros estilo ray-ban, mas aidna assim deixava transparecer por detrás deles órbitas vazias como a noite, com duas chamas brilhantes, como se carregasse o próprio inferno dentro de sim. Sua voz era firme e causava uma sensação de agonia, parecia que ele guardava dentro de si todas as vozes daqueles que morreram em guerras... esse é o cavaleiro da Guerra.
- Por que disseram que eu não conseguiria. - Eu disse entre dentes, tentando me erguer e ignorar completamente essa dor que queimava meu corpo.
Gustavo e Isadora colocaram-se na frente, eles tentavam a todo custo me proteger, impedir que a Guerra chegasse até onde eu estava.
- Crianças tolas... lembrem-se o papai de vocês não está mais no comando. Poderia matá-las agora mesmo se quisesse, aliás poderia matar todos vocês...
- Por que você não tenta? - Isadora reagiu e Gustavo apontou sua espada na direção do rosto do cavaleiro.
Guerra sorriu, agitou suas mãos e ambos foram lançados 10 metros atrás, como se fossem apenas folhas de papel.
- Insolentes... acham mesmo que podem ganhar uma batalha contra o Cavaleiro da Guerra? Pensie que vocês anjos seriam mais inteligentes. - Ele caminhou em direção aos dois anjos caídos contra a parede de uma casa. Retirou sua espada de de sua cinta... aquela espada era a coisa mais terrível que ja havia visto, vermelha como o sangue de seres humanos, fria como a escuridão do inferno... assim que ele levantou a espada pude ver, ele carregava um anel na mão direita. O anel.
Ainda não sei bem como me levantei, mas o fiz. Peguei minha pequena espada no chão e a empunhei contra a Guerra.
- Deixe... Deixe eles, é a mim que você quer. - Apesar de falahada minha voz era firme. Ele virou para me encarar.
- Abaixe essa espada garoto, nem em condições de lutar está. Tudo o que eu quero é conversar... Você quer o Diabo morto, eu também, não gosto da idéia de ser escravo dele, muitomenos meus irmãos. Antes que você chegasse eu já havia falado com eles, o comitê de boas vindas era apenas para que pudéssemos ficar a sós. Sente-se por favor.
Ele novamente agitou as mãos e uma mesa surgiu no meio da destruição, duas cadeiras e um pequeno copo de água.
- Beba, vai aliviar essa queimação no sue peito. Anjos idiotas... não aprenderam que não devem misturar sangue angelical com sangue de pequenos insetos como vocês, isso mataria qualquer um. Mas estou surpreso por ainda poder se erguer. O que acha de fazermos um trato?
- Que tipo de trato? - Eu disse enquanto tomava um gole da água, não era muito inteligente da minhas parte eu sei, mas aquela dor estava me matando.
- Eu te dou os anéis de todos os cavaleiros se você me entregar a alma de todos os humanos... não me importo se você irá matar ou não o Diabo, tudo o que eu quero é espalhar o cao, eu quero a vida de todos os humanos. - Ele sorriu
- E se eu disser não?
- Bom, isso tornaria tudo mais difícil para você, me forçaria a te matar e a matar todos os humanos do mesmo jeito.
Eu levantei da mesa, a água estava fazendo efeito, a queimação havia diminuído, a graça angelical se espalhava pelo meu corpo, eu sentia... sentia vida, vida eterna pulsando em minhas artérias, a vida do próprio Deus.
- Então manda ver.
O cavaleiro se levantou da mesa, jogou seus óculos na direção da moto, ele sorria, seria um prazer me matar ali e agora.
- Será um prazer imenso te matar.
- Não esteja tão certo disso.
Ele veio caminahndo em minha direção, passo rápidos, ele vinha com sede de sangue... o meu sangue. Mas a apenas um passo de me alcançar ele parou repentinamente, nem mesmo ele acreditou, ele não conseguia se mover. Ao olhar para trás ele entendeu o porquê.
Gustavo o havia prendido com as correntes que ele próprio carregava em sua moto. Isadora segurava com toda a sua força, auxiliada por Gustavo, eles não aguentariam por muito mais tempo.
- Ora seus... - Ele ameaçou correr na direção deles.
O que se passou foi rápido como um trovão. Assim que ele ameaçou correr, eu me lancei para frente, fazendo com que meu punhal fosse cravado nas costas dele. Ele aprou e gritou de dor, virou-se novamente para mim, as chamas em seus olhos tão intensas que eu pude sentir o calor, ele tombou no chão assim que Gustavo puxxou as correntes. Tirei a espada da cinta da Guerra e cortei fora sua mmão, juntamente com o anel. O gemido de dor mais horrível até aquele momento estava saindo do fundo seu peito, o grito de dor de milhões almas presos dentro dele.
Peguei o anel e quando olhei, seu corpo simplismente havia sumido, eu havia conseguido, havia pego o anel.... Mas a que preço?





Continua...........................................

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Cap.13 - Superman Tonight

Uma grande nuvem negra se formou 10 metros a frente, onde Isadora, Gustavo e Baltazar ainda encaravam um ao outro, esperando o momento certo para atacar. Toda aquela situação, tudo o que estava acontecendo... tudo me forçou a pensar na minha vida até aquele momento, caminhava por aqueles últimos 5 metros como se fossem 5Km.
O grito de Mariana ecoou por toda a rua, fazendo o chão abaixo dos meus pés tremerem. Um frio passou pela minha espinha, não era algo bom, era algo semelhante a um sentimento de... um sentimento de morte.
Baltazar era alto, usava um terno risca de giz e possuía olhos negros, como as mais profundas trevas, seu hálito exalava enxofre, e sua postura indicava que ele não era um demônio comum. Gustavo era da mesma altura que Baltazar, usava uma calça jeans e uma jaqueta, com óculos escuros que escondiam seus olhos completamente... ele era como Mariana. Sua voz semelhante à um trovão, ele estava com sau espada em punho. Já Isadora, era um pouco masi baixa, mas tão graciosa quanto laura, sua voz como uma brisa no final de uma tarde quente, não tive dúvidas, ela assim como Laura era um querubim.
Baltazar olhou para os dois e recuou um passo, então eu percebi que o chão afundava sob seus pés, ele era muito mais denso do que aparentava.
- Acho que seus amiguinhos começarma a festa sem vocês. - ele escarneceu dos dois.
Não houve qualquer reação do Gustavo ou da Isadora. Eles também recuram um passo e Gustavo sem aviso algum tirou seus óculos, a batalha deles começava ali.
- Vejo que as crianças querem brincar, como sei que não pegarão leve comigo... vou tornar tudo mais interessante.
Baltazar, retirou a parte de cima de seu paletó jogando ao chão. Ele se concentoru por um momento e a nuvem negra que pairava sobre o lugar pareceu mais densa por um momento. Seus olhso ficaram vermelhos e a roupa sobre sua pele começou a queimar... Ele estava mostrando sua real forma.
Um som horrível, uma risada como eu nunca havia ouvido antes foi emitida daquele ser, Baltazar havia quase dobrado sue tamanho, pele queimada e podre apareceu no lugar nde antes havia pele humana, suas órbtas vazias exibiam duas bolas de fogo, Baltazar não era um demônio comum.
Isadora olhou para massa disforme na sua frente e sorriu. Pontos de luz surgiram em sues olhos e logo ela brilhava com a mesma intensidade que o Sol. O contorno de asas surgiu em suas costas e até mesmo Baltazar recuou um passo. Gustavo jogou seus óculos no chão e deles brotaram uma luz tão intensa que forçou Baltazar a recuar novamente e colocar um de seus braços sobre as órbitas de fogo.
Gustavo empurrou Baltazar contra o muro de uma das casas, Isadora puxou sua espada e desferiu um golpe no peito dele. Baltazar emitiu um som horrendo, aquilo era a mais pura dor. Gustavo avaçou novamente, mas Baltazar se recuperou lançando ele contra um poste do outro lado da rua, Isadora tentou avançar novamente mas foi empurrada também. O chão tremeu e a terra se abriu, parecia que ele iria engolir tudo e todos naquele lugar.
Não podia assitir aquela cena sem fazer nada... corri de volta até o lugar onde estavam e Baltazar sorriu para mim, eleteria o prazer de me matar ates de sue mestre. Ele segurou em meu pescoço e gargalhou, podia jurar que aquela seria a última vez que veria a luz do sol. Mas algo aconteceu.
Gustavo se recuperou e puxou o corpo de Baltazar na direção do buraco, ele me lançou contra a parede de uma casa e eu apaguei.
Isadora levantou sua espada o ais alto que pôde e enterou no peito de Baltazar. Gustavo o lançou para o alto, Isadora foi em sau direção, dançando no ar, voando com uma graciosidade nunca vista e jogou para baixou. Gustavo o agarrou e o lançou no buraco que imediatamente fechou.
Isadora correu até meu corpo desfalecido na parede, ela arrancou seu cordão e jogou o conteúdo sobre meus olhos, aquilo queimava, ardia como o próprio fogo, pude pensar que ficaria cego.
- Não! Você não pode fazer isso Isadora! - Gustavo gritou.
- Nós não temos escolha, ele é o único que pode deter a Guerra, ele precisará disso.
- Isso é contra as regras, você sabe muito bem.
- Não tenho escolha.
Enquanto eles discutiam auilo parecia entrar em meu corpo e queimar todos os meus órgãos... era como se eu tivesse engolido o sol.... era como se toda a glória de Des forçasse sua passagem pelo meu corpo... era a graça de um anjo.






Continua...............................

sábado, 26 de junho de 2010

Cap.12 - Beauty Of The Dark

Vitor, Laura e Mariana olhavam pacientemente para Daniel, Gustavo e Isadora enquanto os demônios abriam caminho para eles sem oferecer resistência alguma. Vitor sabia que aquela legião de demônios era pra impedir que qualquer outro anjo se metesse no caminho entre Daniel e o Cavaleiro da Guerra.
Laura já estava com sua espada em punhos, por um breve momento ela olhou para cima e fechou os olhos, poderia se dizer que era uma prece, um pedido. Mas a quem? Deus havia deixado seu trono, pelo menos era isso que todos nós pensávamos, mas Daniel tinha suas dúvidas, afinal quem mais conseguiria tê-lo trago de volta a vida?
Laura conseguiu ver Mariana jogar lentamente seus óculos escuros ao chão. Ela sabia o que aquilo significava, significava que para aquela batalha, formas humanas e contidas não seriam suficientes, ela sabia que aquilo que iriam enfrentar hoje era apenas um ensaio da batalha final. Laura olhou para Vitor ao seu lado e o viu assentir com a cabeça.
Sincronizadamente os três liberaram toda a glória contida em suas limitadas formas mortais. Os olhos de Laura brilhavam com uma intensidade nunca antes vista, a sombra de quatro asas angelicais podiam ser facilmente distinguidas no chão. A glória de um querubim, a essência do poder de Deus. Mariana olhou fixamente para um dos demônios a sua frente e ele entrou em combustão instantanea, ela ergue-se do chão por um breve momento e avançou em direção aos outros demônios.
Em volta de Vitor uma pequena tempestade se formava, pequenos relâmpagos surgiam em sua mão e o chão debaixo dos seus pés parecia tremer. A batalha estava para começar.
Vitor lançou um dos relâmpagos no chão, fazendo ele rachar. Alguns demônios caíram no chão e Mariana abriu seus olhos na direção deles, enquanto todos queimavam instantaneamente.
Laura abriu suas asas e foi como se um tufão passasse por entre eles, ela agitava suas epsada e trovões saíam dela.
Mariana voltou ao chão descendo sua espada sobre os demônios no caminho, um a um eles eram lançados ao chão e destruídos. Um por uum eles eram derrotados enquanto os tres abriam caminho para se juntar à Daniel e derrotar a Guerra. Mas parecia que quanto mais eles derrotavam, mais demônios surgiam.
Laura levantou sua espada em direção ao coração de um demônio e então ela se lembrou... se lembrou de que não estavam enfrentando demônios simplismente, estavam enfrentando humanos. Humanos possuídos que morriam sem saber lutando numa guerra que nem mesmo era deles.
Ela abaixou a espada, abaixou sua guarda e então o demônio se ergue do chão e correu em sua direção. Quando Laura voltou a si, Mariana atravessava o demônio com uma lança.
- Esqueça Laura! Eles não são humanos, não mais. São simplismente demônios e nada além disso, se você hesitar eles matarão você sem nem piscar. - Mariana bradou.
Enquanto isso Vitor destruía os demônios com raios e trovões que brotavam de suas mãos, mas eram muitos. Vitor puxou sua espada e partiu para o combate corpo a corpo, usando golpes precisos e rápidos ele destruía tudo o que via a sua frente.
De repente Mariana ao se esquivar de um demônio foi lançada ao chão, quando pôde perceber uma horda inteira estava em cima dela, ansiosos pela oportunidade de desmembrá-la. A batalha havia virado, Vitor já estava sem forças e Laura não dava ais conta de tantos demônios sozinha.
Ela então fez a única coisa que poderia fazer... Elan subiu por cerca de 10 metros acima do chão, abriu suas asas ao máximo e liberou toda a energia contida em seu ser. Um grande clarão se formou e forçou até mesmo Vitor fechar os olhos.
Os demônios que ainda restavam foram queimados pela mais pura essencia do poder de Deus, um grande buraco se formou no chão. Mariana estava ferida ao chão, alguuns ferimentos profundos, sua forma angelical permitia que ela se curasse mas rápido, as aida assim ela estava muito ferida. Vitor estava desfalecido perto da esquina da rua.
Laura.... Laura caiu como um pássaro feridodo céu e não mais se moveu depois de atingir o chão. Não se sabia se estava morta ou se estava apenas esgotada, mas sabia-se apenas que ela estava fora de combate. Mariana ainda com os ferimetnos expostos arrastou-se até onde Laura estava....
- Laura... LAURA!






Continua............................

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cap.11 - Blue And Yellow

Vitor parou o carro. Era uma rua como qualquer outra de uma zona residencial de Botafogo, pelo menos deveria ser... na verdade acho que algum dia tenha sido, mas não agora, não mais. Passando por ela sem prestar atenção você não veria nada além de casas, uma pequena delegacia ao fundo, aparentemente abandonada. Mas se você decesse de um carro e parasse em frente a rua, observando cada mínimo detalhe, sabendo que ali você poderia encontrar a morte... ou mais precisamente a Guerra, você veria pequenos vultos em frente as casas, um leve cheiro de enxofre que contaminava o ar, e no final da rua uma moto preta, parada bem em frente à delegacia.
Quando voltei à mim percebi que Laura e Vitor estavam do meu lado, eles estavam tensos, como eu nunca havia visto antes. Então um vulto tomou forma à nossa frente, era o mesmo repórter do jornal... Baltazar. Ele olhava para cada um de nós com uma certa satisfação, os olhos negros e o hálito de enxofre.
- Acho que agora já podemos começar a festa. - Baltazar disse calmamente.
- Não haverá festa Baltazar... nós viemos aqui para pegar o anel da Guerra e gostaríamos do menor estrago posível. - Vitor disse olhando para Baltazar sem desviar o olhar.
- Você sabe que não é assim que funciona... - Baltazar disse olhando com frieza.
- Eu esperava que você nos dissesse isso. - Laura sorriu.
Senti um fogo correndo em minahs veias... era algo diferente, era ódio, o mais puro ódio, a essência dele, acho que era o efeito do Cavaleiro. Ao mesmo tempo senti o canivete no meu bolso gelar, até o ponto de ficar insuportável.
Baltazar percebeu e sorriu.
- Que começem os jogos então... eu espero você do outro lado da rua mortal. - Ele olhou para mim e por um breve momento eu pude ver a face que ele escondia de mim, o demônio que ele era.
Baltazar desapareceu, eu recuei um passo e pude ver o que havia se formado à minha frente. A rua que estava vazia até 10 minutos atrás agora estava cheia de pessoas, todas com olhos negros e sorrindo maliciosamente para nós, cada uma delas com uma espada em mãos. Pude perceber que a tensão em Laura e em Vitor se agravou, eles também recuram um passo e puxaram suas espadas.
Elas brilhavam com muito mais intensidade que o meu punhal, elas emanavam poder, o poder de Deus. Eles deram um passo para frente. Laura parou e olhou para trás.
- Leve ele até a Guerra e tragam o anel de volta.
Me virei para ver quem estava atrás de mim e pude perceber com quem ela falava, atrás de mim haviam três pessoas, dentre elas estava a Mariana e mais dois anjos.
- Gustavo... Isadora... levem ele até o final da rua. - Mariana disse para os dois anjos que estavam do seu lado e pouco depois juntou-se com a Laura e o Vitor.
- Você vem conosco Daniel. - os dois pararam do meu lado e seguraram em meus braços, por um breve momento me senti planar no ar, quando me voltei a mim já estávamos próximos à delgacia, toda a multidão de demônios havia ficado para trás. Ao me virar pude ver Laura, Mariana e Vitor marchando em direção aos demônios, eram muitos mais do que eu conseguia contar, não havia jeito de aquilo dar certo. Tive vontade de recuar.
- Eles vão ficar bem Daniel, você não pode recuar, não agora. - Uma voz doce soprou em meus ouvidos como uma brisa no final de uma tarde quente... a voz do anjo que a Mariana chamou de Isadora.
Voltei a olhar para frente, agora eu estava firme, eu não podia falahr, eu carregava o peso de toda a humanidade em minhas costas. Tirei o canivete do meu bolso e ele se transformou numa espada curta, um punhal de quase um metro de comprimento.
Baltazar apareceu na nossa frente, ele trazia duas espadas às mãos, ele estava sorrindo, uma satisfação demoniaca.
- Desse ponto vocês não passam. - Ele olhou para o Gustavo e a Isadora.
- Daniel, vá, nós cuidamos desse demôniozinho insignificante. - Gustavo disse, a voz semelhante a um trovão, asim como a de Vitor.
Eu segui em frente... não poderia parar agora, não poderia recuar, aquela era a minha primeira luta, eu estava sozinho, não havia mais o que perder, não havia nada, apenas 5 metros me separavam de uma moto preta e de seu dono... a Guerra.






Continua..................................................

terça-feira, 1 de junho de 2010

Cap.10 - This War is Ours

Procuramos por cada sinal misterioso ou presságio de onde poderia surgir o primeiro cavaleiro. Durante 3 dias sem parar nós procuramos, mas não achávamos nada.
- É impossível saber onde ele vai aparecer! - Eu disse já sem esperanças para todos os que estavam na mesa.
- Devemos continuar procurando, não podemos desistir, lembre-se você escolheu isso. - Laura me disse calmamente.
Vitor pegou o controle e aumentou o volume da televisão, enquanto ainda debatíamos.
" Uma região até outrora considerada pacífica, agora sofre com os horrores de constantes assaltos, homícidios e suícidios. O caos está instaurado nessa região que agora encontra-se... - o repórter fez uma breve pausa e pareceu olhar para nós do outro lado da tela - ... em guerra."
- Ele está aí. - Mariana disse sem duvidar.
- Ele? Ele quem? - Eu perguntei ainda confuso
- O primeiro dos nossos desafios... a Guerra.
- Como voce pode ter certeza disso Mariana? - Eu olhei para ela, ela ainda parecia me testar a cada minuto.
- Aquele é Baltazar. - Vitor rompeu o silêncio e olhou para mim. - Uma espécie de cavalariço da Guerra, se ele está naquela região é porque a Guerra está ali.
- Ele estava nos desafiando. - Laura dizia sem tiar os olhos da tela.
- Como... como ele poderia saber que nós estávamos assistindo? - às vezes tudo aquilo me deixava confuso.
- A Guerra tem poderes suficientes para isso, ela é possivelmente mais forte até mesmodo que eu. - Vitor dizia
- Se ele é assim tão forte, como vamos pegar o anel dele? Ele ou ela... é a Guerra, não vai entregar sem antes um combate.
- Teremos que dar um jeito nisso. - Mariana dizia ainda pensativa
- Não será fácil, principalmente porque a Guerra não é nosso único alvo. - Laura pensava alto
- O que vocês querem dizem com isso? - Estava perdido nomeio de tudo aquilo
- Como você mesmo disse Daniel, a Guerra não irá entregar o anel sem uma grande luta. Quem você acha que ele usará como peões de combate? - Vitor olhava sério para mim.
- Ele usará humanos Daniel, humanos como você, armados e dispostos a qualquer coisa, alguns possuídos por demônios de sua escolha.... - Mariana dizia e esboçava uma certa ansiedade.
- ... E alguns estarão ali por conta própria, servindoao cavaleiro da guerra pelo simples prazer da destruição. Não poderemos chegar até a Guerra sem antes passar por eles. - Laura dizia
- Está dizendo... está dizendo que teremos... teremos que matar humanos? - Eu engoli em seco
- Esse momento chegaria mais cedo ou mais tarde Daniel, você precisa estar pronto. Ou jamais impediremos o apocalipse. Você estará conosco ou não?
Eu abaixei a cabeça, não estava pronto para aquilo... aquelas pessoas, eram tão humanas, tão mortais tão sucetíveis a erros quanto eu. Não poderia tirar a vida delas, não poderia fazer isso. Se era para parar o apocalipse com o objetivo de salvar a raça humana... porque eu mesmo a mataria? Não fazia sentido algum.
- Esquece, não vou matar nenhum humano. - Eu disse firmemente
- Deixa de ser idiota garoto! Ainda que você não queira matá-los eles estarão dispostos a te matar das piores formas possíveis! Você está no meio de uma guerra, não existe essa de não querer matar! - Mariana olhava furiosa para mim, a luz que existia em seu corpo fluía de forma intensa, mais um pouco e ela revelaria sua forma angelical e colocaria o apartamento inteiro abaixo.
Vitor e Laura colocaram-se na minha frente, eles entendiam que deveriam respeitar o que eu estava fazendo. Eu poderia estar colocando tudo a perder, mas eu não mataria ser humano algum.
- Mariana, acalme-se. Acharemos outra maneira. - Vitor disse para Mariana, disposto a lutar contra ela ali mesmo.
- Como posso me acalmar? Ele é só um humano mimado como todos os outros, ele merece estar com eles e ser destruído! - Ela gritava
- Não se esqueça de que ele é um deles... ele é um humano. - Laura tentou acalmá-la
- Que seja, eu vou dar uma volta. - E simplismente desapareceu, num ponto de luz momentâneo ela desapareceu... mais uma vez eu estava colocando tudo a perder.
Vitor pegou as chaves do astra em cima da mesa e foi caminhando para a porta, ele a abriu e deixou o frio de uma manhã típica de outono invadir o lugar. Laura se preparou para segui-lo. Eu me levantei da cadeira e peguei um casco em cima do sofá, um sobretudo preto.
- Para onde estamos indo? - Eu perguntei
- Uma delegacia abandonada na zona sul, perto de Botafogo. - Laura disse calmamente enquanto euentrava no carro.
- E como iremos roubar o anel da Guerra?
- Ainda estou trabalhando nisso. - Vitor disse me olhando pelo espelho.
Eu olhava pela janela, na esperança de que Mariana viesse conosco, precisaríamos da ajuda dela para vencer a Guerra, precisaríamos da ajuda de todos, estávamosindo de encontro ao primeiro dos quatro senhores do fim do mundo. Se Deus estivesse em algum lugar por aí... e era nisso que eu acreditava... esse seria um bommmomento para falar com ele.






Continua..................................